terça-feira, 26 de outubro de 2010
Aka Kumo 赤雲
Olho para o alto, e só vejo nuvens vermelhas.
Olho para os lados e vejo apenas a neblina.
Nas pegadas gravadas no solo, não vejo nada.
Seguindo um vício sem motivo
Rodando pelo mundo
Não vejo nada
Mais quando olho para o céu, vejo nuvens vermelhas.
Devo fazer o que?
Dar um tempo do tempo?
Ou apenas seguir o vício?
Me viciei em andar entre os mortos.
Em ter o silencio ao lado.
O mundo morre.
Se esconde.
E eu só vejo nuvens vermelhas.
domingo, 24 de outubro de 2010
Logo, tão logo e além
Você pode sentir o caminhar do tempo
O balançar das flores no jardim.
Você pode perceber o nascer do deserto.
O ir embora do inverno.
Tantas coisas percebidas e despercebidas.
La no longe eu vejo alguém me esperando.
Fique ai, me espere.
Minha alma tem as trevas
Mas meus olhos tem o amor
Caminha ao tempo
Caminhando consigo
Além
Bem além
Tem alguém...
O balançar das flores no jardim.
Você pode perceber o nascer do deserto.
O ir embora do inverno.
Tantas coisas percebidas e despercebidas.
La no longe eu vejo alguém me esperando.
Fique ai, me espere.
Minha alma tem as trevas
Mas meus olhos tem o amor
Caminha ao tempo
Caminhando consigo
Além
Bem além
Tem alguém...
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Dançarina
O que vejo pela primeira vez, não é o temor da batalha. Não é o abraçar da morte.
E sim uma brisa suave. Que percorrer meu corpo, me arrepiam os cabelos.
Entenda, não é fácil descrever. Para quem viveu sorrindo para a morte, enfrentando ela constantemente, é difícil explicar essa sensação.
Em um momento estava a correr, espada em punho, gritando ordens, ouvindo gritos de dor. Sentindo o calor do combate.
Sua cabeça não pensa, ela para. A reação é espontânea de seu corpo treinado. Seus olhos estão cegos para a realidade brutal de uma batalha.
Eu paro um estante, tempo suficiente para ver o que o ódio me impedia.
Em meio à brutalidade, em meio ao debater do metal contra metal. Dos gritos, da dor, da raiva e do medo. Ali naquele momento tão repulsivo.
Dançava ao vento ou o vento dançava ao seu balançar. Não sei ao certo. Estava algo que nunca havia visto. Uma dançarina.
Uma dançarina.
Suas vestes eram transparentes, expondo partes sensuais de seu corpo. O rosto estava coberto, somente seus olhos estavam à mostra.
A roupa era de um negro meio azulado. Com adereços prateados. Isso fazia com que ao bater da luz da lua, ela se refletia ainda mais.
Não dava para ver a cor de seus olhos. Mais sabia que eles ou os seus movimentos, haviam me hipnotizado.
Apesar das belas curvas, não foi isso que me deixou assim. E sim seus movimentos suaves, balançantes. Era uma graciosa dança.
E parecia que somente eu a enxergava. Todos estavam em batalha, à luta prosseguia. Mais eu estava ali, parado, paralisado por essa dançarina. Que veio do nada.
Caminhava dançando, rodopiando, passando pelos corpos jogados ao chão. Flutuando sobre o mar criado pelo sangue.
Quem seria? Porque ali? Porque só eu a enxergava?
A brisa de mais cedo. Os arrepios. Seriam provocados por ela?
Enfim, ela se aproximo.
Sem saber o porquê, eu me ajoelhei, olhando para ela, encontrei os seus olhos.
E assim como a dança.
Assim como o balançar do vento.
Sua voz saiu, me arrepiando, me emano a resposta dita tão suavemente.
- Venha guerreiro...
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Vamos Correr!
Vamos correr?
Vamos voar sobre as nuvens.
Vamos correr entre as estrelas.
Vamos agarrar a lua.
Vamos puxar o manto da noite.
Vamos apagar as luzes.
Vamos ver o mundo dormi enquanto corremos em volta do mundo.
Vamos correr?
Vamos voar sobre as nuvens.
Vamos correr entre as estrelas.
Vamos agarrar a lua.
Vamos puxar o manto da noite.
Vamos apagar as luzes.
Vamos ver o mundo dormi enquanto corremos em volta do mundo.
Vamos correr?
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