sábado, 24 de abril de 2010

Caixa

Ó solidão, trancado em uma caixa vendo meu sangue se esvair.
Quanto tempo fiquei de olhos fechados?
Minha alma tão clara, se perde na escuridão dessa caixa.
Nada esta tão certo quanto a certeza de que eu tenho que ir.
Mais estou trancado e preso em cordas.
Sou somente mais um boneco. E quem se preocupa?
A ordem é não ter mais ordem.
O caos já instalado e preparado.
Trancado em uma caixa.
Quase sem sangue perco a vida
Vida?

Desejos

Ao tentar ser o seu eterno, perdi as minhas memórias.Banhando no desejo do sangue perdi você...

Heitor e Elizabete, casal mais lindo no condado não existia. Eram de famílias ricas e poderosas da cidade.Contentes eram sempre.Feliz, sorridentes.Amor puro e verdadeiro.
No condado que la moravam, tranquilidade era coisa eterna.A paz de muitos e muitos e muitos.Nem as nuvens do outono, manchavam a beleza pura.

Há como eles eram felizes.Amor eterno.Já lhes disse isso, não?!Uma historia típica de um romance literário.Marcado o casamento já se havia marcado.Preparativos para tal festa, já estava marcado.Morada, lua de mel, filhos futuros, a velhice colada com o tempo, já se havia marcado.
Tudo se estava certo e preparado.Tudo.Menos tudo.O tudo que logo se aproximava.

Certa noite em um certo momento, chega ao condado uma certa pessoa.Uma não, quatro.Sim quatro.Três lindos homens arrumados.E uma linda mulher.

Mulher essa do cabelo de fogo, olhos verdes como o lago. Pele branca como a mais bela neve. Todos, a todos ela chamou a atenção. E sim claro, os três jovens ou nem tão jovens rapazes também.


Mais Heitor só olhava com seu olho de sempre. Olhar puramente e certamente e tão somente de sua amada Elizabete.
Elizabete por sua vez, mesmo que por poucos segundos, mostrou se interessada ou diria curiosa a respeitos dos jovens. Talvez curiosidade maior essa por um deles. O mais alto, com aparência de mais velho. Cabelos negros, olhos azuis celeste. Tão beleza era ate ofuscante.
Os viajantes foram as noticias do condado. Todos e todos só falavam deles. E somente deles.
Voltemos aos preparativos, afinal ia ter um casamento, sim?!Sim, haveria. Mais a roda da vida, rodou em outra direção, tornou se uma linda reta e sem volta.
Certa noite, após um banquete a noite na casa de Elizabete, Heitor voltava pelas ruas, feliz como sempre. Andava despreocupado, pois ali nunca ouve nem um só caso de algo errado. Maldade ali não se entrava, se batia em retirada.
Só que dessa vez, ali entro, se instalou e dominou o ar já não tão mais puro.
Heitor viu na subida da rua, a mulher dos cabelos de fogo.Vestia uma manta transparente, corpo belo e branco nu.Cabelo solto, olhar fixo em Heitor.Batia uma brisa vinda do Sul.Nela vinha um perfume doce, chamativo e atraente.
Ele para tonto estava, atraído, desejo puro em sua mente, tal desejo penetrando a sua pele. Tenta pensar em Elizabete, mas não da.Quem é Elizabete?
Sem notar, a ruiva esta ao seu lado. Mãos indo em busca do corpo de Heitor.Ele poderia dizer que sua pele é fria, mais não se importa.
Ela le diz palavras ao ouvido.Heitor se arrepia.O que ela poderia ter dito?Heitor sai de seu momento, a fúria em seus olhos.A raiva nunca sentida em seu corpo.Ele corre, descendo a rua de volta a Elizabete.
Chega a porta, ela esta aberta.Entra.Sente um cheiro.Corre e corre pela casa.Esta na porta de Elizabete, abre.E vê o que ele já mais gostaria de ter visto...